quinta-feira, 28 de março de 2013

DROPES DA MÍDIA



O jornal O Estado de S. Paulo informa em sua edição de hoje que a reunião dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ocorrida em Durban aprovou um documento condenando “a crescente violação dos direitos humanos” na Síria, em decorrência dos conflitos entre o governo e as forças mercenárias. O texto também exige o respeito “à independência da Síria”, numa referência aos países da Liga Árabe, que aprovaram o financiamento dos supostos “rebeldes” e a crescente ingerência dos Estados Unidos, Turquia e Israel. Os Brics pedem que “todas as partes” envolvidas no conflito permitam o acesso livre e seguro de agentes humanitários às regiões onde ocorrem combates. O jornal considera o documento aprovado em Durban uma vitória diplomática do presidente sírio Bashar Assad, que em pronunciamento na TV declarou que “(o fim da violência) exige uma clara determinação internacional para secar as fontes do terrorismo e parar seu financiamento e armamento”. A matéria publicada no jornal da família Mesquita informa ainda que a autodenominada “Coalizão Nacional Síria”, que reúne a oposição no exílio, inaugurou sua primeira “embaixada” – onde? No Catar, claro!  


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“O norueguês que chefiou a missão das Nações Unidas que deveria monitorar o cessar-fogo entre o regime de Bashar Assad e rebeldes disse ontem que ‘chegou a hora de debater a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Síria’. Em entrevista à rede BBC, Robert Mood também afirmou que a comunidade internacional deve avaliar a possibilidade de usar sistemas antimíssil Patriot, que já estão na Turquia, para proteger regiões do norte da Síria sob ataque de foguetes de Assad.” (OESP, 28/03/2013) O que o jornal da família Mesquita não diz é que a aprovação de uma zona de exclusão aérea na Síria (tal como aconteceu na Líbia, precedendo os bombardeios maciços da OTAN) depende de aprovação no Conselho de Segurança da ONU, onde Rússia e China têm poder de veto.

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