O jornal O Estado de S. Paulo informa em sua edição de hoje que a reunião
dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ocorrida em Durban
aprovou um documento condenando “a crescente violação dos direitos humanos” na
Síria, em decorrência dos conflitos entre o governo e as forças mercenárias. O
texto também exige o respeito “à independência da Síria”, numa referência aos países
da Liga Árabe, que aprovaram o financiamento dos supostos “rebeldes” e a
crescente ingerência dos Estados Unidos, Turquia e Israel. Os Brics pedem que “todas
as partes” envolvidas no conflito permitam o acesso livre e seguro de agentes
humanitários às regiões onde ocorrem combates. O jornal considera o documento
aprovado em Durban uma vitória diplomática do presidente sírio Bashar Assad,
que em pronunciamento na TV declarou que “(o fim da violência) exige uma clara
determinação internacional para secar as fontes do terrorismo e parar seu
financiamento e armamento”. A matéria publicada no jornal da família Mesquita
informa ainda que a autodenominada “Coalizão Nacional Síria”, que reúne a
oposição no exílio, inaugurou sua primeira “embaixada” – onde? No Catar, claro!
“O norueguês que chefiou a missão
das Nações Unidas que deveria monitorar o cessar-fogo entre o regime de Bashar
Assad e rebeldes disse ontem que ‘chegou a hora de debater a imposição de uma
zona de exclusão aérea sobre a Síria’. Em entrevista à rede BBC, Robert Mood
também afirmou que a comunidade internacional deve avaliar a possibilidade de
usar sistemas antimíssil Patriot, que já estão na Turquia, para proteger regiões
do norte da Síria sob ataque de foguetes de Assad.” (OESP, 28/03/2013) O que o
jornal da família Mesquita não diz é que a aprovação de uma zona de exclusão aérea
na Síria (tal como aconteceu na Líbia, precedendo os bombardeios maciços da
OTAN) depende de aprovação no Conselho de Segurança da ONU, onde Rússia e China
têm poder de veto.
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