Damasco, (Prensa
Latina) A Síria exigiu hoje à ONU a condenação enérgica do atentado terrorista
com um carro bomba que matou nesta quinta (25) 10 pessoas e feriu 66, em uma
importante praça de Jaramana, localidade da periferia de Damasco.
Em cartas idênticas ao Conselho de Segurança e ao secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o Ministério de Relações Exteriores e Emigrantes demandou à entidade a renovação de sua postura de rejeição ao terrorismo e que exija às partes que apoiam grupos terroristas armados na Síria para suprimirem qualquer apoio logístico e militar.
Além disso, pediu o comprometimento com os convênios internacionais e as resoluções do Conselho de Segurança dirigidos a combater o terrorismo.
Damasco pediu ao Conselho de Segurança que emita uma forte mensagem aos autores do crime onde se evidencie a postura unificada de seus membros frente ao terrorismo, sem dupla moral que anime os extremistas a continuar seus crimes.
O atentado terrorista foi reivindicado pelo Estado Islâmico no Iraque e no Levante, organização filiada à rede terrorista Al Qaeda, e deixou severos danos aos logistas, automóveis, edifícios e moradias dessa região residencial.
A ONU e os Estados Unidos mantêm o grupo dentro da listagem de organizações terroristas.
Desde o início do conflito, há mais de dois anos, o governo sírio tem exigido ao Conselho de Segurança a condenação de cada ato terrorista dos radicais islâmicos filiados aos grupos opositores armados que pretendem o derrocamento pela força do presidente Bashar Al-Assad.
Até o momento, o organismo continua sem emitir uma condenação explícita a tais crimes diante da divergência de seus membros sobre a natureza, composição e propósitos da chamada insurgência armada.
Recentemente, os Estados Unidos aprovou a entrega de equipamento bélico aos irregulares, apesar do perigo de que ditas armas caiam em mãos de fundamentalistas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante, que defendem avariar o Estado laico sírio e impor um califado regido pela sharia (lei islâmica).
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